São quantas horas, agora?
Da hora
Dormi depois.
Depois, acordei antes
da hora.
A impontual sou eu?
A hora, de mim
dormiu antes.
Depois, acordou muito depois
de mim.
Que hora é essa?
Ora essa!
Serei sempre sua escrava
Tão assim, tão à beça?
Essa servidão não cessa?
Ah, não.
Quero alforria.
Voltar a dormir...
é o que vou fazer.
Pode ser uma boa.
Fechar os olhos, sorrir,
sorrindo, adormecer.
Sonhar que estou à toa.
Quando acordar,
coloco o ponteiro
de volta
ao seu devido lugar.
Relógio cansa...
Mas,
ficar livre dele, é pura e vã esperança.
Lucia Sant ini
Enviado por Lucia Sant ini em 06/11/2010
Alterado em 06/11/2010
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