Cato. Quando encontro, conto no Recanto.

"Mas o que os sonhos sabem sobre limites?" Amelia Earhart 1897/1937

Textos

Onde retomo o que sou
Pode acontecer
do ninho já ser distante
   No tempo
     No mapa
       Na possibilidade

Pode acontecer
do ninho, se distante
   ainda ser
    reserva de vida acessível
      na totalidade

Refúgio, recanto

Se arrefeço
    É lá que vou
De tudo me esqueço
    Nele retomo o que sou

Um dia ao redor do ninho
Reabastece
   Uma noite dentro do ninho
   Restabelece

Se o ninho é distante,
O caminho é leve

Se pesa, relevo,
Vou
  Elevo
     Vôo

Meu quarto é o meu ninho
nele nasci

Em minha casa,
muita coisa de mim
  ainda mora

As fadas que criei
As estrelas que vi
A lua onde me sentei
Os fantasmas que me assustavam
            (será que foram embora?)

Minha infância,
Meus poucos anos,
Onde acumulei e renovo a tolerância
Para viver,
conviver com, sobreviver aos
meus desenganos

Pode acontecer
De ainda acessível
reserva de vida
Refúgio, recanto
nem sempre visível

É para ele que vou
Onde de tudo me esqueço
E retomo o que sou

03/set/2010
Lucia Sant ini
Enviado por Lucia Sant ini em 03/09/2010
Alterado em 12/09/2010
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