Cato. Quando encontro, conto no Recanto.

"Mas o que os sonhos sabem sobre limites?" Amelia Earhart 1897/1937

Textos

Intervalo do real
O moço do palco cantou?
E já acabou???

Precisou do cantor cantar.

Sem a toada, teríamos ficado
         cada qual no seu canto.

Naquele embalo, a falsa despedida
                entoou o encanto

O frio colaborou
A lua iluminou

A música trouxe a leveza,
        que trouxe o sorriso,
que trouxe a vontade de não irmos embora.
                  Queríamos tudo, menos a real despedida
                  Queríamos a conversa frouxa, noite afora.

Demos as mãos,
   demos asas às asas (as minhas, já meio encolhidas,
    quase atrofiadas)

A noite se foi
não vimos, nem sentimos
a manhã chegou,
com ela o sol, o céu.

Hora de ir,
    veio o tchau, a realidade

Cada um voltou a seu próprio palco,
reabriu a cortina do seu espetáculo,
ora tragédia, ora comédia,
cada um reencontrando a sua própria verdade.
Lucia Sant ini
Enviado por Lucia Sant ini em 16/05/2010
Alterado em 28/04/2017
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