Cato. Quando encontro, conto no Recanto.

"Mas o que os sonhos sabem sobre limites?" Amelia Earhart 1897/1937

Textos

O meu Deus
O meu...

Eu O possuo a partir da hora
em que resolvo formatá-Lo, editá-Lo
Decido fazer com que Ele
interaja comigo na medida das minhas percepções,
no limite das minhas compreensões (tão falhas).

Ingenuidade?
A melhor que conheço!

Ignoro que a mutante, nesta relação,
sou eu.

Abençoada ignorância!

Santa bondade! A d'Ele.

O desapego ao poder é tão grande que
Ele me permite pensar que sou eu que O desenho,
O moldo,
e fico satisfeita.

Chego a pensar que o Deus que se relaciona comigo,
ou com quem eu me relaciono, seja mesmo diferente
do Deus que amigos, colegas, vizinhos, familiares,
dizem conhecer e amar.

O "meu", como toda Majestade que Lhe é própria
de fato e de direito,
me transmite intimidade, cumplicidade,
mantendo a autoridade.

Não é autoritário, é sábio e me puxa as orelhas
nos momentos em que é disso que preciso.

O "meu" Deus conversa comigo. Seja por meio de sinais,
de recados, de acontecimentos, de semelhantes meus (ou d'Ele),
seja por meio de sonhos, visões, sons, intuições.

Atrevo-me a dizer, porque sei o que estou dizendo,
que Sua generosidade é tão incalculável, que, se preciso for,
Ele se manifesta "pessoalmente", sem mandar recados.

Enfim,
há um "meu Deus", ou somos meros filhos Teus?
Lucia Sant ini
Enviado por Lucia Sant ini em 13/04/2010
Alterado em 09/03/2011
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